Daniel Lins: Alegria como força revolucionária

Excelente Café Cultural:

"A alegria é o que vai definir o sujeito. Mas a alegria não trabalha com o sujeito. O sujeito na alegria são blocos de afetividade. São sempre coletividades. São sempre matilha, como os cães. E a alegria não trabalha com essa singularidade focalizada. O sujeito é sempre o sujeito matilha, o sujeito multidão, o sujeito massa (...) Não desvaloriza o sujeito nem o coloca numa posição assujeitada."

"Eu bem que gostaria de, todas as manhãs, sentir que o que vivo é grande demais para mim, porque seria alegria em estado puro. Mas deve-se ter a prudẽncia de não exibi-la, pois há quem não goste de ver pessoas alegres." (Deleuze)

"Prudência para não afugentar os devires." (Deleuze)

A bailarina só pode dançar na alegria e a alegria não é em geral o lugar da consciência. Ela tem que ser uma produtora da inconsciência e ela, bailarina, para poder voar tem que perder os órgãos. dar um tempo a esse corpo que é maravilhoso, mas está controlado pelos organismos.

É muito difícil ficar feliz se você tiver o tempo todo a consciência presente. Se a consciência abafar o seu bom delírio, a sua alegria, dificilmente você vai investir no não investimento - o não investimento é entrar no delírio do poeta, no delírio do contemplador.

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