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Mostrando postagens de abril, 2020

Video Sinais no projeto "Art in Quarantine"

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Recebi hoje o email confirmando particiação do meu video caseiro "Sinais", que fiz a partir de texto que puliquei há uns dias aqui, no projeto "Art in Quarantine". Gostei de estar lá e, especialmente, gostei desse lá . O  wr3d1ng d1g1t5  é um "colectivo de artistas #visual #digital #experimental #transdisciplinar dedicado à exploração disruptiva de pontes entre as artes, curadoria e investigação criativa". Vale muito conhecer seus trabalhos. Siga: http://wreading-digits.com   "Sinais" ficou no ponto 5950.

José(hífen)Rubem Fonseca

Seja no extermínio de um pedinte, no esquartejamento de uma vaca atropelada, na caça a balões, ou nas agruras de escritores e artistas, a fome se revela, no plano do corpo ou do espírito, como essa vontade de arrancar com os dentes a vida. A vida é curta, sempre foi. Talvez, esses tempos de pandemia possam apenas chamar a atenção de forma mais dramática para esse fato. Dirá outro poeta, Vinícius de Moraes, “que seja eterno enquanto dure”. A pressa nas redações, na cama, na mesa, no trabalho,  aparece então como um sintoma cruel da sociedade que Rubem Fonseca critica em sua obra. Seja na incapacidade de contemplar e de se entregar à vida compartilhada nas ruas (o que não se deve absolutamente a um vírus ou outra causa biológica) ou na leitura de um livro feita nas coxas, não é essa pressa exemplo da voracidade com que se pode devorar a vida, mas justamente o contrário. Nela perdemos a sua eternidade.  Saiu hoje na Revista Trama, texto meu e de Andressa Marques sobre Rubem Fonseca.

Rubem Fonseca

Trecho de matéria de Bruno Calixto que saiu hoje no Globo A matéria completa está aqui . Pesquisadora desvenda os vários 'Josés' na obra de Rubem Fonseca Para seu mestrado, defendido em 2013, a professora de literatura e pesquisadora Andressa Marques Pinto realizou um mapeamento de personagens de Rubem Fonseca que tinham como nome José, que é o primeiro nome do autor, mas pouco conhecido do público. - Pelos íntimos, ele costumava ser chamado de Zé Rubem. Com o mapeamento, pude perceber que a personagem José, do conto "A matéria do sonho", do livro Lúcia McCartney (1967), é protagonista também de outros contos, como em "A força humana", do livro "A coleira do cão" (1965), mesmo que não nomeado. Busquei demonstrar que a personagem passou, ao longo da obra, por processos de subjetivação diversos, até culminar numa espécie de autobiografia do autor, intitulada "José", livro publicado em 2011, como "desenvolvimento"

Leio "O amor", de Maiacovski, na Páscoa de 2020

Uma crônica de Carlos Augusto, sobre "venta não"

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De olho na poesia - Crônica de Carlos Augusto Corrêa Crônica de Carlos Augusto Corrêa Publicado originalmente no Blog da TextoTerritório. https://textoterritorio.blogspot.com/2020/04/de-olho-na-poesia-cronica-de-carlos.html De Olho na Poesia Alexandre Faria é desses poetas que trabalham exaustivamente a palavra e fazem uma arte elíptica. Mas elíptica ao extremo. Estou com um livro seu aqui sobre o qual já falei há muito tempo, o venta não, com minúsculas mesmo, e que é prova maior do que acabei de escrever. Seu texto conversa com a realidade externa. A Alexandre interessa o mundo essencial, de modo que as coisas superficiais se juntam a esse mundo essencial e se tornam universais. Trago aqui o primeiro poema do livro e vão reparar na inquietação de Alexandre com o ato de gozar cada momento da existência. Ao mesmo tempo frisa ser impossível penetrar o mistério. A pessoa frui o presente mas não reúne condição de estar além das horas investigando o que há além do mundo mate