É só uma foto na camiseta...
Achei num livro, fiz transfer e soldei numa camiseta branca. Ando por aí e me divirto:
- Era do meu avô! - e rio.
Não é Itabira. É Ilha do Governador. Mas também dói.
Só que o COMO é de modo, não de intensidade:
- Mas como dói? OU SEJA como pode doer isso que não é pra doer OU SEJA dói não como eu sinto, que não sinto. Minto muito.
Cena 2:
Rua Treze de Maio. Me invento no botequim que ficava (hoje não existe mais) quase na esquina com Evaristo da Veiga (hoje acho é o Banco do Brasil).
Tomo outra cachaça e lamento a fiscalização da saúde pública: são saudades do sanduíche grego (ou de grego?).
Vejo o Lima sentado ao balcão. Mão no copo, outra sobre o joelho. Olhar molhado para longe, a Biblioteca Nacional feita de vidro.
O gerente do banco sai do Bola Preta. Trazia na mão esquerda o ladrão, na direita o polícia. Ambos armados. Dentes de ouro. Angelus Novus, o corretor de seguros, caminhava-contra-o-vento da passagem desse cordão pé-bola-de-meia.
Entraram no boteco e foram gritando:
- Mãos na cadeira, mulata!
E o Lima voltou-se e me disse que nunca acreditara que nossa cidade chegasse a esse ponto.
- Era do meu avô! - e rio.
Não é Itabira. É Ilha do Governador. Mas também dói.
Só que o COMO é de modo, não de intensidade:
- Mas como dói? OU SEJA como pode doer isso que não é pra doer OU SEJA dói não como eu sinto, que não sinto. Minto muito.
Cena 2:
Rua Treze de Maio. Me invento no botequim que ficava (hoje não existe mais) quase na esquina com Evaristo da Veiga (hoje acho é o Banco do Brasil).
Tomo outra cachaça e lamento a fiscalização da saúde pública: são saudades do sanduíche grego (ou de grego?).
Vejo o Lima sentado ao balcão. Mão no copo, outra sobre o joelho. Olhar molhado para longe, a Biblioteca Nacional feita de vidro.
O gerente do banco sai do Bola Preta. Trazia na mão esquerda o ladrão, na direita o polícia. Ambos armados. Dentes de ouro. Angelus Novus, o corretor de seguros, caminhava-contra-o-vento da passagem desse cordão pé-bola-de-meia.
Entraram no boteco e foram gritando:
- Mãos na cadeira, mulata!
E o Lima voltou-se e me disse que nunca acreditara que nossa cidade chegasse a esse ponto.