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Mostrando postagens de abril, 2013

Um rei sem boca da noite

Todos tem sua hora na boca da noite. Exceto alguns reis. Outro dia assisti à Vida de Pi. Achei uma espécie de upgrade do Mágico de Oz. Mas, na inevitável hora de revelar suas metáforas, o filme dói; e cresce. Passar um dia sem carne, uma vida, vá lá. Não é nada, se compararmos ao momento em que um vegetariano se vê obrigado a comer carne. A da própria mãe, do próprio irmão? Ninguém é digno de ouvir uma palavra e ser salvo. Mas advogados e juízes estão aí pra isso mesmo. É a hora em que, sem advogados nem juízes (não necessariamente sem deuses, mas sem juízes), sentimo-nos justiçados diante da existência. Compreendemos. Fica rica a polissemia da palavra sujeito. Diariamente a gangorra entre ser agente da própria vida e saber-se subjugado ao não saber, não prever. Quando disse que alguns reis são incapazes de experimentar sua hora na boca da noite, pensei naqueles que vivem – e governam – à mercê dos oráculos, como o de La  vida es sueño. Naqueles que, pelo sonho, governam destinos

Um rei sem boca da noite

Todos tem sua hora na boca da noite. Exceto alguns reis. Outro dia assisti à Vida de Pi. Achei uma espécie de upgrade do Mágico de Oz (coisas do pai da Clarice). Mas, na inevitável hora de revelar suas metáforas, o filme dói; e cresce. Passar um dia sem carne, uma vida, vá lá. Não é nada, se compararmos ao momento em que um vegetariano se vê obrigado a comer carne. A da própria mãe, do próprio irmão? Ninguém é digno de ouvir uma palavra e ser salvo. Mas advogados e juízes estão aí pra isso mesmo. É a hora em que, sem advogados nem juízes (não necessariamente sem deuses, mas sem juízes), sentimo-nos justiçados diante da existência. Compreendemos. Fica rica a polissemia da palavra sujeito. Diariamente a gangorra entre ser agente da própria vida e saber-se subjugado ao não saber, não prever. Quando disse que alguns reis são incapazes de experimentar sua hora na boca da noite, pensei naqueles que vivem – e governam – à mercê dos oráculos, como o de La   vida es sueño . Naqueles

Na Ilha Grande

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Na Ilha Grande, dei um mergulho e vieram-me os versos à boca da noite, de Drummond:

Sem título. canções sobre tela.

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para o Julio Diniz, Fred Góes, Gilvan Procópio e Miguel Jost para os Andrés, e toda a gente da ponte rodoviária Letras UFJF/PUC-Rio para o Renato Cordeiro, sempre (ao som da Dani Aragão ao som de Calcanhotto) dois corpos podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo que um corpo não pode ocupar dois espaços ao mesmo tempo em três cidades quatro universidades meu corpo o ponto equidistante entre fundão são cristóvão maracanã gávea martelos meu corpo o ponto de equilíbrio entre rio brasília juiz de fora mas sempre são os pilotis que detonam os pilotis de quando eu era só olhos tesos ou de agora só disfarce pica dura fiquem tranquilos quando não estiver mais não estarei take it easy my brothers quando não estiver mais não estarei nem aí nem aqui mas me lembro (89, 90?) a namorada à minha espera largo do são francisco ifics vamos tem uma cantora nova e eu mpb4! vamos é uma maluca e eu mpb4 no seis e meia! vamos tá todo mundo falando e eu mpb4 porque o povo! e hoje o