Quem somos nós? (What the Bleep Do We Know!?)
O filme me foi recomendado (é terna a lembrança de Catarina) há pelo menos uns dois anos. Meu ceticismo (ou seria cinismo?) me afastara dele. Perdi tempo. Ou não . Por outro caminho, mais científico, já experimentara a idéia (certeza?) de que as palavras movem e os pensamentos criam realidade. O da ficção. Um pedaço do Anacrônicas , para os mais céticos, ainda: Nilton não se comoveu diante de minha impotência. É simples, respondeu, enquanto descobria um quadro negro na parede ao lado da mesa, no qual desenhou três bolas. Toque nesta bola, e meu instrutor começou a traçar linhas inventando trajetos no fundo negro do quadro: Após concluir o desenho, olhou-me com o mesmo sorriso de sempre. E então? Ofereceu, desta vez mais enfático, o taco. Olhei as bolas inertes sobre a mesa e imaginei novamente os corpos em movimento. Já não tinha certeza se devia acreditar no atestado que o Doutor me dera. Meu desejo era inventar outro jogo a partir daquele. Abandonar os tacos, deixar as bolas sobre a