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Mostrando postagens de dezembro, 2013

Se oriente

(para clarice, que me deu folhas em branco. também para pedro, fernanda. e capilé) nos olhos do que deixa não do que abandona miro meu dia e digo amor como se todo num sólido com vaga certeza o espaço descrevesse meu giro daria um poema em holocausto para cada hora cujo silêncio rendeu-me da tese um bom futuro mas nunca passaram de quinta na esquina as utopias os manos e as minas nunca passaram nunca passarão hoje poemas e teses soam iguais e temo por em verso o mês presente a vida espacial o dó menor que é fazer-se todo num só apenas sigo o que deixa nunca o que abandona

Búlica, de Elesbão Ribeiro

para alexandre faria  as calçadas eram largas um dia chegaram uns homens pretos brancos e mulatos com muita força nas picaretas quebraram as calçadas dentro daquele sulco puseram uns canos atarraxaram os canos cobriram e foram embora naquele leito de terra jogávamos bola de gude um dia meu pai anunciou o prefeito mandou cada morador ajeitar a sua calçada