Se oriente
(para clarice, que me deu folhas em branco. também para pedro, fernanda. e capilé) nos olhos do que deixa não do que abandona miro meu dia e digo amor como se todo num sólido com vaga certeza o espaço descrevesse meu giro daria um poema em holocausto para cada hora cujo silêncio rendeu-me da tese um bom futuro mas nunca passaram de quinta na esquina as utopias os manos e as minas nunca passaram nunca passarão hoje poemas e teses soam iguais e temo por em verso o mês presente a vida espacial o dó menor que é fazer-se todo num só apenas sigo o que deixa nunca o que abandona