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Mostrando postagens de março, 2013

Uns índios

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Deslocada da proposição, a verdade residiria no Dasein. Mas como a abertura é o domínio do iluminado e do manifesto, pode-se também dizer que o Dasein está localizado na verdade. Mas já vimos que a contraparte da abertura é o encobrimento. Sendo ambos, encobrimento e abertura, possibilidades existentivas, o Dasein fáctico, projetante e cadente, é, ao mesmo tempo descobridor e encobridor. Se assim é, ele está tanto na verdade quanto na não-verdade. A distinção entre o verdadeiro e o falso, na ordem dos juízos e das proposições, deriva de uma partilha que se efetua na órbita da conduta de um ente temporal e histórico que é livre para fundamentar — para dar razão, desencobrindo de suas aparências o ente no meio do qual se encontra e sobre o qual se projeta. A alétheia comporta um des-velamento: o ente descoberto, que se mostra na proposição, é arrancado de suas coberturas (...) A verdade exige, constrange e dá razão de si mesma; ela tem a força de um pressuposto. E como pre

Pátria

  para Carlos de Paula e Jacó nossos pais não tinham fazendas nem tocavam bandolim mas aquela mesa não sai do lugar

Aquela canção

no meu lugar mil amores em cada mercado emboscada a vida toda mácaras de bin ladaen vias-lácteas de bilac escadas nas calçadas gatos pardos nos espetos pretos velhos santos bambas cordeiros de ebós e umas pombas de tirar o pecado do mundo quando o samba come no criacionismo doido das escolas o diabo senta corno cala o toque afogo o fígado como ganso de foie-gras e ainda que o baleiro rode e pare em nova iorque deixo a vida me levar - cada dia uma esmola no exílio eterno do sempremesmo meu lugar