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Mostrando postagens de dezembro, 2010

Confissão de fé

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Tem um formato especial e por isso tive que salvar como imagem. Mas acho que dá pra ler. É só clicar na imagem e apertar ctrl + que o browser amplia.

Moonlight serenade

Para ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=n92ATE3IgIs Para cantar: Mar, grande mar Belo espelho da luz das estrelas Você, quebra mar Minha onda de amor contra o seio Depois do anseio Enleio no leito ao luar Bar é o lugar De contar como somos felizes Daqui ouço o mar Por mais longe que ele esteja Me beija de leve Azul, serenata ao luar Mas se o destino rir de mim E armar mais solidão Vou pra beira mar chamar você Pro canto do mar te devolver pra mim Mar e luz, mar e céu Mar e lua crescente Estrela no adeus Faz com que tua luz me proteja Me beija de leve Azul, serenata ao luar (M.Parish - G.Miller Versão de Aldir Blanc)

Gosto dos meus

GOSTO DOS MEUS e não puxo o saco dos teus ou daqueles outros formidáveis 'eus' em frenética comunhão de sestros íntimos especulados em santa imagem alheia e prostituída Gosto dos meus do meu tempo do meu cio do meu ócio do que não fiz prezo imensamente minha não-realização milagrosa minha inércia extraordinária merecedora da minha mais profunda reverência embevecida Gosto dos meus do meu vazio do meu nicho ínfimo do meu vinho derramado que pundonorosamente não embriaga santos nem perturba o fastio de qualquer douta inteligência generosa ou desabrida Meu vício é só e lícito e não atende a domicílio Meu vício é gostar dos meus e do nosso tempo dado de Graça às musas do ante-parnaso do por acaso do azo de não querer nada que não seja somente por graça... (e não é senão essa a

...: Palavra do fim da primeira década do século do futuro.

A história tá bem contada e fotografada aqui: ...: Palavra do fim da primeira década do século do futuro.

Sarau no Alemão

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Fechado pra balanço

Tô fechado pra balanço Meu saldo deve ser bom Tô fechado pra balanço Meu saldo deve ser bom Deve ser bom Um samba de roda, um coco Um xaxado bem guardado E mais algum trocado Se tiver gingado, eu tô, eu tô Eu tô de corpo fechado, eu tô, eu tô Eu tô fechado pra balanço Meu saldo deve ser bom Tô fechado pra balanço Meu saldo deve ser bom Deve ser bom Um pouco da minha grana Gasto em saudade baiana Ponho sempre por semana Cinco cartas no correio Gasto sola de sapato Mas aqui custa barato Cada sola de sapato Custa um samba, um samba e meio E o resto? O resto não dá despesa Viver não me custa nada Viver só me custa a vida A minha vida contada (Gilberto Gil)

Não dá mais pra Diadorim - em duas versões

DALTON TREVISAN: Otto, Falemos mal do Grande Sertão. Rompe você ou começo eu? La vai em pleno dó de peito: o Rosa é o herdeiro de José de Alencar, epígono do novo indianismo. Seu jagunço pomposo, guardada a distância, o mesmo índio guarani. Riobaldo, um Peri sofisticado, e Diadorim, outra virgem dos lábios de mel (as suas líricas meretrizes são perfis de Lucíola). Um cronista genial, a mão leve de beija-flor, mas – ai de mim – romancista menor. Riobaldo não se sustenta nas alpercatas e Diadorim, coitada, é pura donzela Arabela (“já fazia tempo que eu não passava navalha na cara, contrário de Diadorim”; logo, ela fazia a barba?). Na paisagem naturalista os tipos de um romance desgrenhado. Não é Riobaldo sem veracidade nem grandeza, epa!, que me interessa e sim o trovador do sertão: a gente, os bichos, a paisagem. Que de variações retóricas sobre a sentença de Dostoievski – “se Deus não existe, tudo é permitido”. Como sabe enfeitar de plumas e lantejoulas o seu chorrilho de p

Para fazer um samba

Parceria com Dú Basconça Para fazer um samba enfim Não basta ter o dom do amor Mas cultivar até o fim De seus versos, o quebrado Da pobre rima, a sina errante A prima e única ante o fado Malsinado dos amantes: Abandonar a mesa farta E o corpo num sofá distante Não basta dar o tom, amor Para virar noites assim Quando os boêmios tomam rumo E vão dormir as meninas É sobre o sono desses justos Que vibram bordões e primas A debochar dos que procuram Outros motivos para a dor Não fosse ele o primeiro e último Não fosse para sempre e só o amor Do samba E esta alegria de dizer sim Ao dia... ao dia que já raiou