Que bom te ver viva
Esse é o título de um filme, de Lucia Murat, importante para se conhecer melhor nossa história recente (por isso mesmo não deve estar disponível em DVD). O filme aborda a experiência de mulheres torturadas durante a ditadura militar no Brasil. A frase-título evidentemente refere-se ao drama das sobreviventes, cuja tensão está de certa forma no fato de terem sobrevivido. Mas uso aqui a mesma expressão como título desse post com o pensamento em alguns personagens que passaram pelos anos 80. A ditadura foi ficando mais civil que militar. E os malucos da época achavam que estavam segurando a onda, mas não era onda, era a ressaca inteira. Acompanhada da típica dor de cabeça, da fotofobia e de outras formas do controle e truculência. Polícia, caretice e aids. No entanto se engana quem julga perdida uma geração que contou com Cazuza, Caio Fernando Abreu, ou Cássia Eller, para ficar só com os nomes da letra C. O caso é que vi hoje Angela Ro Ro numa entrevista para Marília Gabriela. Brava