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Mostrando postagens de maio, 2008

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Aqui ficam alguns links para textos cujo compartilhamento com os leitores é obrigação moral: Alan Pauls: La relación cero y la alegria Boris Groys: Deuses escravizados a guinada metafísica de Holywood Cynthia Ozick: Writers, Visible and Invisible Jonathan Franzen: "I Just Called to Say I Love You" - Cell phones, sentimentality, and the decline of public space Karel Kosik: O século de Grete Samsa: sobre a possibilidade ou a impossibilidade do trágico no nosso tempo Leandro Konder: A questão da ideologia na ficção literária Outros recorto e colo aqui no blog mesmo e podem ser encontrados na etiqueta LerRecortarColar .

Cosmologia do impreciso - orelha

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É no próximo sábado, 17, o lançamento de Cosmologia do impreciso , o quarto livro de poemas de Oswaldo Martins (na verdade é o quinto, se contarmos o primeiro, e inédito, Lapa ). Escrevi-lhe, com muito gosto, a orelha: Viver não é preciso. A poesia de Oswaldo Martins porta esse lema dos antigos argonautas por princípio. A partir daí o poeta provoca a percepção dessa imprecisa (e humana) condição, através de mapas afetivos e mordazes, poemas-instrumentos para a navegação do leitor em meio aos valores culturais e morais da herança ocidental, versos com a precisão digna dos cosmonautas de hoje, pois navegar é preciso. Mas há que se compreender a natureza da precisão nesse intenso e sofisticado trabalho. O poeta recusa, também por princípio, certa tendência mais formalizante, que costuma associar a precisão e a contenção do verso ao ascetismo da poesia. Na mão de incautos, poesia acaba sendo “verso, noves fora zero”. E a vida, mote-mor do humano, e por extensão da poesia, fica menor. Con