Clarice
--- Para a turma de Português IX --- E porque não cabe o mundo aqui, remanso. Decanto a leitura por fazer, queda sem chão, ânsia insignificância da única chance, solércia da letra, franja entre a fala e o canto, memento mori em que começa o cabelo branco, átimo entre a inércia e o câncer, trizquexaspera, o que não foi convidado mas fica e contenta e dispensa o que explica, o NÃO que se diz (que sempre se diz) ainda quando se dá a mão-esmola no sinal, ressurreição sem morte, certeza infame: ninguém sabe nem cala o que funda esse abismo poço sem fundo ímã de húmus, máquina de sonhos que esfarrapa o cogito e esgarça o svm. E porque não cabe o mundo aqui, descanso. Deponho as armas onde explode o silêncio. (07/07/2006)